A glutamina é um aminoácido considerado condicionalmente essencial e exerce inúmeras funções fisiológicas. Em conjunto com leucina,valina e isoleucina, são os mais abundantes no tecido muscular e os mais importantes na geração de energia. É um aminoácido de grande importância na nutrição enteral já que atua no fornecimento de energia para as células do sistema imunológico e do intestino.
A glutamina é encontrada no músculo, perfazendo aproximadamente 70 % de todos os aminoácidos livres no organismo, sendo fonte de combustível preferencial para o trato intestinal e leucócitos, além de participar do controle da síntese do glicogênio e degradação protéica.
É prontamente metabolizada e eliminada da corrente sanguínea sem gerar produtos tóxicos significantes, de tal forma que indivíduos em condições catabólicas utilizam eficientemente esse aminoácido para a síntese protéica. A glutamina tem sido considerada como um elemento de interação metabólica entre o músculo esquelético e os outros tecidos como rins, epitélio intestinal e órgãos linfóides. Contudo, a produção muscular desse aminoácido não necessariamente supre todas as necessidades do organismo, e em inúmeras condições patológicas tais como queimaduras, câncer e infecções, as concentrações plasmáticas de glutamina encontram-se diminuídas. Observa-se também que, após exercício prolongado e intenso, há diminuição de sua concentração no plasma.
O cérebro e o pulmão são seus produtores regulares, enquanto intestinos, rins, sistema imune são consumidores. Por isso a necessidade de uso em casos de distúrbios intestinais e baixa imunidade.
O estresse induzido pelo exercício é um fator de desequilíbrio sistêmico entre produção/liberação e a captação/utilização da glutamina, logo em períodos pós-atividade física e de atividades muito prolongadas poder reduzir o suprimento de glutamina plasmática e muscular, comprometendo a funcionalidade de órgãos que utilizam este aminoácido.